quinta-feira, janeiro 03, 2013


Em tempo


Como dizia o Marcelo Paiva: feliz ano velho…



Um prato de lentilhas, sete ondinhas, uvas, romãs, roupas brancas pra trazer paz no ano que chega,  amarelo, porque atrai dinheiro, champanha de reveillon - que a gente sabe que é espumante. 

Para um feliz ano-novo é necessário muito mais que mandingas e crendices populares. 

Você que queria um ano novo renovado, e reclamou tanto do velho, taí 2013 chegou. Chegou juntamente com a pseudo-champanha que explodiu, com a queima de fogos no meio mar de Copa, na festa do Copacabana Palace, na orla da Praia Grande, no funk paulista da zona leste ou na telinha da tv que se liga em você. Não importa. Onde quer que você tenha inaugurado o ano novo que aos poucos vai virando arroz de festa e pronto. Já é ano velho de novo.

Para um ano novo que faça jus ao nome, deixe pra lá as tempestades solares, acredite na vibração do 6, no azul royal que é a cor do ano novo que chega, e se acredita no horóscopo, 2013 começa com a força combinada de Júpiter e Urano - e se você acredita mesmo, deve saber o que isso significa. É necessário que se acredite nos novos sonhos - pode ser os que não foram realizados no ano que passou - ,  que se faça novas promessas, que se escreva cartas, de amor, de amizade, de desejos,  uma nova lista a se realizar, que as primeiras linhas sejam de amor, paz e respeito. E que os pedidos não sejam tão superficiais como aumentar o número de amigos no facebook.

É preciso que a felicidade no ano novo não esteja extremamente ligada ao dinheiro que nos restar no bolso. Que ela vá além daquela que se mostra nas mídias sociais. E mais ainda, que tolerância, embora clichê, tenha sido um dos nossos pedidos para o ano que chegou.

Para se viver um ano novo é necessário, declarar o imposto de renda e -  com o que sobrou no bolso - pagar o ipva, iptu, além das contas mensais de água, luz, aluguel, telefone, cartão, além daquelas outras continhas que você tem, material escolar dos filhos, o colégio... Aí vem o Carnaval, feriado, a Páscoa, o Dia das Mães, e se não sobrar dinheiro? Ah, aí o feliz ano novo fica pra quando o próximo ano novo chegar. 

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