Só porque a Colombina enfeitou meu carnaval...
Toda terça-feira de carnaval o bloco sai à rua. E as ruas que um dia sem sentido foram desertas se enchem de cores, serpentinas, confetes e marchinhas alegres que a moçada vai cantando em coro com ornamentos e rostos pintados.
A magia toma conta da cidade que até parece que esqueceu dos farrapos e das arquibancadas desertas. Fadas, colombinas, arlequins, piratas, o rei momo, ciganas e bruxas desfilam se misturando em meio a leões, tigres e algumas fantasias inomináveis.
Allah-lá-ô, ô ô ô ô ô ô, dava para ouvir a alegria dos foliões e a felicidade estampada nos olhos por trás de toda maquiagem, às vezes escondidos por máscaras, porém felizes. É como se todos esperassem o carnaval chegar para espantarem seus medos, seus receios, seus pudores, liberarem suas fantasias.
A colombina está sozinha no bloco, apaixonada pelo pierrot que não gosta muito de sair de casa, sendo paquerada pelo arlequim toda astuto que a observa, calado, de canto de olhos.
Como quem sabe que carnaval é nuvem que passa, ela dançava ao som da marchinha de fora, no ritmo da música que batia por dentro. Fechava os olhos e lançava-se no sonho da magia do carnaval de fazer tudo virar pó de pirilimpimpim, na chuva de confetes, encantos e festins de serpentinas coloridas. Bailando em um campo de girassóis, respirando o perfume doce do jasmim, num movimento suave de mãos e pés rodopiantes, similar a alguém que não vai parar tão cedo, e nem quer que a meia-noite chegue logo.
Mesmo que a vida seja pesada e lhe doa por dentro ela continua hipnotizando quem vê suas cores cintilantes reluzentes, com sorriso de estrela e delicadeza de pluma, borboletando suas asas diante dos olhos do arlequim apaixonado e de quem acompanha o bloco passar.
Ela vira a esquina e se vai levando seu brilho e suas cores.
Amanhã a cortina se fecha e o dia acorda quarta-feira de cinzas.
A magia toma conta da cidade que até parece que esqueceu dos farrapos e das arquibancadas desertas. Fadas, colombinas, arlequins, piratas, o rei momo, ciganas e bruxas desfilam se misturando em meio a leões, tigres e algumas fantasias inomináveis.
Allah-lá-ô, ô ô ô ô ô ô, dava para ouvir a alegria dos foliões e a felicidade estampada nos olhos por trás de toda maquiagem, às vezes escondidos por máscaras, porém felizes. É como se todos esperassem o carnaval chegar para espantarem seus medos, seus receios, seus pudores, liberarem suas fantasias.
A colombina está sozinha no bloco, apaixonada pelo pierrot que não gosta muito de sair de casa, sendo paquerada pelo arlequim toda astuto que a observa, calado, de canto de olhos.
Como quem sabe que carnaval é nuvem que passa, ela dançava ao som da marchinha de fora, no ritmo da música que batia por dentro. Fechava os olhos e lançava-se no sonho da magia do carnaval de fazer tudo virar pó de pirilimpimpim, na chuva de confetes, encantos e festins de serpentinas coloridas. Bailando em um campo de girassóis, respirando o perfume doce do jasmim, num movimento suave de mãos e pés rodopiantes, similar a alguém que não vai parar tão cedo, e nem quer que a meia-noite chegue logo.
Mesmo que a vida seja pesada e lhe doa por dentro ela continua hipnotizando quem vê suas cores cintilantes reluzentes, com sorriso de estrela e delicadeza de pluma, borboletando suas asas diante dos olhos do arlequim apaixonado e de quem acompanha o bloco passar.
Ela vira a esquina e se vai levando seu brilho e suas cores.
Amanhã a cortina se fecha e o dia acorda quarta-feira de cinzas.