Como quem segura as continhas do terço rosinha com fé, ela prende a pedrinha entre os dedos e joga na casa 4. Mentalizando para que tudo dê certo e que ela não tenha que passar sua vez. Assim como quem perde uma oportunidade na vida, assim como quando você é o próximo da fila imensa e você esqueceu de algo em casa, assim como quem precisa enfrentar a vida tirando um coelho todo santo dia da cartola, assim como quem sacode a poeira e continua a caminhar, assim como quando você cai da bicicleta sem rodinha de apoio, rala o joelho e o papai dá toda a força necessária pra continuar a aprender.
Não que eu queira incentivá-la a perder e caso ela não acerte a pedrinha tudo bem, mas não há necessidade de ser sempre superfantástico. É preciso saber viver, saber ganhar e principalmente saber perder. É preciso saber ser feliz diante da torta de morango cremosa com calda de chocolate, da salada de chuchu e do prêmio recorde da loteria.
Independente se o prêmio seja o céu escrito em caligrafia ilegível do outro lado da amarelinha, ser escolhida primeiro na divisão dos times ou as barras de ouro que valem mais do que dinheiro, se não chover a gente vai pra rua brincar de pega-pega e se chover a gente vai também, só pra sentir os pinguinhos que caem nas nossas cabeças e molham os cabelos, e pra chutar as poças que se formam nos buraquinhos do asfalto que nos impossibilita de andar de patins nas férias.
E se a gente vivesse o resto dos nossos dias como se fossem eternos recreios? Não haveria sinal de entrar para classe, nem inspetora gritando para aproveitar os últimos cinco minutos, nós não seriamos tão mais alegres? Imagine se a gente pudesse viver feito propaganda de coca-cola, a cada gole uma sensação nova, um arco-íris na palma da mão, abrir sorrisos no rosto de alguém e com isso a felicidade, sem precisar comprar garrafas e mais garrafas de refrescância.
E se a gente passasse todo o tempo desse recreio jogando. Jogando conversas fora, risadas sem fim, olhares pela janela, bolinha de gude, botões com o titio, porque jogar por jogar não vale, só vale jogar e não se jogar, jogar por diversão. Por pura diversão, igual quando a gente vai à montanha- russa, e quer ser o primeiro do carrinho, e a sensação de sentar no meio ou em último é a mesma, assim quando estamos na roda gigante ou no carrossel.
O craque da pelada entre amigos, não será o vencedor de xadrez. Quem faz xeque-mate ganha a partida e não a melhor de 5. Quer saber, nem sempre o melhor do jogo é o melhor na vida.
E ela leva o braço lentamente para trás como um pêndulo e lança a pedrinha.
Não que eu queira incentivá-la a perder e caso ela não acerte a pedrinha tudo bem, mas não há necessidade de ser sempre superfantástico. É preciso saber viver, saber ganhar e principalmente saber perder. É preciso saber ser feliz diante da torta de morango cremosa com calda de chocolate, da salada de chuchu e do prêmio recorde da loteria.
Independente se o prêmio seja o céu escrito em caligrafia ilegível do outro lado da amarelinha, ser escolhida primeiro na divisão dos times ou as barras de ouro que valem mais do que dinheiro, se não chover a gente vai pra rua brincar de pega-pega e se chover a gente vai também, só pra sentir os pinguinhos que caem nas nossas cabeças e molham os cabelos, e pra chutar as poças que se formam nos buraquinhos do asfalto que nos impossibilita de andar de patins nas férias.
E se a gente vivesse o resto dos nossos dias como se fossem eternos recreios? Não haveria sinal de entrar para classe, nem inspetora gritando para aproveitar os últimos cinco minutos, nós não seriamos tão mais alegres? Imagine se a gente pudesse viver feito propaganda de coca-cola, a cada gole uma sensação nova, um arco-íris na palma da mão, abrir sorrisos no rosto de alguém e com isso a felicidade, sem precisar comprar garrafas e mais garrafas de refrescância.
E se a gente passasse todo o tempo desse recreio jogando. Jogando conversas fora, risadas sem fim, olhares pela janela, bolinha de gude, botões com o titio, porque jogar por jogar não vale, só vale jogar e não se jogar, jogar por diversão. Por pura diversão, igual quando a gente vai à montanha- russa, e quer ser o primeiro do carrinho, e a sensação de sentar no meio ou em último é a mesma, assim quando estamos na roda gigante ou no carrossel.
O craque da pelada entre amigos, não será o vencedor de xadrez. Quem faz xeque-mate ganha a partida e não a melhor de 5. Quer saber, nem sempre o melhor do jogo é o melhor na vida.
E ela leva o braço lentamente para trás como um pêndulo e lança a pedrinha.