Brincadeira, choradeira, pra quem vive uma vida inteira
Mentirinha, falsidade, pra quem vive só pela metade
Palavra Cantada
Mentirinha, falsidade, pra quem vive só pela metade
Palavra Cantada
Não sei se um dia quero ser gente grande. Gente que não gosta de pique - esconde, que não ri gigante e que não gosta de nada. Gente que não assopra o cata-vento, que tem medo de molhar o cabelo, que não se banha na chuva e não deixa gente pequena brincar.
Essa gente bem triste que acha uma tremenda criancice esticar os braços pra que te peguem no colo e te façam dormir. Gente que engana gente porque vê a inocência nos olhos e não revela a vontade pelo último pedaço de torta de chocolate com muita calda da vovó.
Gente que acha que não tem asas, que tem medo de voar de olhos fechados e não anda descalço porque tem medo de pousar em lugar desconhecido. Essa gente é muito estranha, não se lambuza com sorvete e conta as calorias das borboletas que fazem cócegas no estômago.
Será que se eu for gente grande vou acenar ao invés de abraçar bem forte sem medo do que vão pensar e me tornar insensível? Será que vou enterrar meus sonhos antes de ver germinar sementes de ‘vai dar tudo certo’? Será que meus olhos não refletirão mais o brilho das estrelas e tudo será como um céu acinzentado?
Ah não, se for pra ser assim eu não quero. Vou continuar com olhos bem grandes para as coisas bem pequeninas. Vou continuar desenhado em giz de cera um futuro bonito, bordando os dias com linhas de muitos sonhos, dando um toque mágico em tudo que eu vejo, arrumando os borrões de tinta com carinho e me lambuzando no sorvete de chocolate do tio que passa toda a tarde com seu carrinho de felicidade.
Essa gente bem triste que acha uma tremenda criancice esticar os braços pra que te peguem no colo e te façam dormir. Gente que engana gente porque vê a inocência nos olhos e não revela a vontade pelo último pedaço de torta de chocolate com muita calda da vovó.
Gente que acha que não tem asas, que tem medo de voar de olhos fechados e não anda descalço porque tem medo de pousar em lugar desconhecido. Essa gente é muito estranha, não se lambuza com sorvete e conta as calorias das borboletas que fazem cócegas no estômago.
Será que se eu for gente grande vou acenar ao invés de abraçar bem forte sem medo do que vão pensar e me tornar insensível? Será que vou enterrar meus sonhos antes de ver germinar sementes de ‘vai dar tudo certo’? Será que meus olhos não refletirão mais o brilho das estrelas e tudo será como um céu acinzentado?
Ah não, se for pra ser assim eu não quero. Vou continuar com olhos bem grandes para as coisas bem pequeninas. Vou continuar desenhado em giz de cera um futuro bonito, bordando os dias com linhas de muitos sonhos, dando um toque mágico em tudo que eu vejo, arrumando os borrões de tinta com carinho e me lambuzando no sorvete de chocolate do tio que passa toda a tarde com seu carrinho de felicidade.