terça-feira, março 08, 2011


O importante é ser mulher


Não precisa ter 1,75m. Não precisa pesar 50 kg. Não precisa ser loira, cabelos na altura da cintura, naturalmente lisos e olhos, preferencialmente, azuis.

Não precisa caber na calça 38, busto 90 e cintura 60. Não precisa ter corpinho instrumento musical.

Não importa se você é Bruna, Débora, Camila, Vera ou Gisele. Marilyn, Brigitte, Elizabeth ou Audrey. Vilma, Ana Carolina ou Suzanne. Não precisa.

Não precisa ser manequim – modelo – atriz – apresentadora de TV, rainha de bateria-musa do carnaval ou capa de revista que aparece na TV.

Clarices, Ligias, Cecilias, Marthas, Amélias e todas as outras...

É preciso saber administrar, pagar as contas, ir ao supermercado, ser mãe, filha, motorista, chefe de cozinha - para escolher o cardápio diário, cuidar do conserto do chuveiro, dos reparos da cozinha, da altura do quadro na parede da sala à altura do prego que vai sustentá-lo. E saber fazer a unha também.

Pia cheia de louça. Salão de beleza às 18h. Jornada dupla. Pele de pêssego. Perfeição e inteligência. Acreditar em numerologia, astrologia, auto-ajuda e São Judas. Ler Leminski, estar por dentro da Vogue e recitar Baudeleare. Usar Prada e Mac. E é claro, não esquecer dos impostos e do feijão que está no fogo.

Somos mais ou menos mulheres-maravilha. Não me venha sempre com essa palhaçada de super-heroína. Super-heroína também chora, é sensível, quer colo, às vezes roda a baiana, também espera o telefone tocar, a porta do carro ser aberta e a cadeira do restaurante afastada. Às vezes cansamos de ser ‘homens’ de batom e salto 15. Não queremos só tomar iniciativa, também somos mulherzinhas.

Em nome dessa pseudo modernidade ouso dizer: Não precisa ser tudo isso, só precisa ser o que você quiser, acima de tudo seja Mulher, pois só você sabe ser.
Parabéns!

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