A saída não é criarmos um blog de moda, um novo reality, levar colunismo social a tv do interior ou apostar na fórmula - mais que - batida do stand-up.
Tudo isso é muito fácil. é muito seguro. Quase ultrapassado. Por que apostar no clichê? Esses que chegam antes mesmo do que o nosso pensamento. esses que já não provocam mais sentimento algum.
Não é porque a Gloria Perez achou que poderia dar certo, errou a mão na última novela das 9, que a gente vai acreditar que tudo é clichê. Que a vida é clichê, e vai lá, pronto, e copia. Não, não é assim. E é justamente por isso que a gente sabe que o clichê não dá certo.
Ainda mais clichê do que texto jornalístico que abusa das crateras, dos gols da rodada e do 'tem passagem pela policia', tem gente que ainda acredita e aposta que fazer da vida um clichê, um quadro que alguém já pintou, uma música que alguém já cantou pode dar certo.
É fácil copiar estilos, e formas, e modelos que deram certo. O difícil é ter a coragem de apostar no novo e fazer. Porque ainda mais clichê do que o próprio clichê, viver é arriscar, é improvisar, é criar, é parar de insistir no mais do mesmo.