quinta-feira, junho 16, 2011


Não. Eu não aceito.

Hoje a realidade me deu um tapa na cara e eu parei pra pensar: o que eu tô fazendo aqui?

Sério. Hoje foi um daqueles dias que você pensa 'por que fui levantar da cama?'

Sabe quando a realidade te espreme num canto, te encurrala e não tem escapatória. Não adianta apelar.

São nesses dias que a gente desiste de acreditar em papai-noel, coelhinho da Páscoa, fada do dente, salvar o mundo e principalmente que é possível mudar alguma coisa. Dias que você passa a questionar o futuro, o presente e duvida até do passado.

Quem sou eu?’, ‘O que eu quero da vida?’ e ‘vale realmente a pena?’ passam a ser as perguntas da vez. A gente corre pra fé, pra ciência, pro acaso e apela até mesmo pro destino, aquele ingrato.

Dias que você quer mandar o individuo que 'pega no seu pé' o dia inteiro bem pra aquele lugar que você mesmo está pensando neste momento. Dias que piadas sem graça não dão animo nem pro sorrisinho amarelo. Dias que não tem como aguentar a chatice dos outros. Dias que não dá nem mesmo pra acreditar no faz-de-conta que de repente acontece.

A gente arremessa nossos sonhos ao acaso pela janela e acha mesmo que com sorte vamos encontrá-lo nas voltas que o mundo dá. E enquanto isso deixa que a vida faça a nossa sorte e a gente faz a nossa vida, às vezes com sorte, privilegiados, às vezes, sem. E assim seguimos aceitando tudo. Fugindo do mundo. Fugindo de nós.

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