domingo, janeiro 23, 2011


Saudade do meu pequeno Teddy




"Somos desfeitos pela verdade. A vida é um sonho. É o despertar que nos mata. Quem nos rouba os sonhos rouba-nos a vida (...)"
Virginia Woolf

Por volta das nove, nove e meia, a gente encostava na janela e espiava as estrelas que iluminavam a noite romântica do casal apaixonado logo ali, no banco da praça. Pontinho por pontinho a gente decidia qual tinha maior brilho. Vezes ou outra uma passava correndo, fazia curvas espetaculares, desaparecia e a gente presenciava todos os instantes boquiabertos só espiando com cantinhos de olhos para ver o que o outro achava.

Quantas vezes meus olhos perdidos encontraram-se nos seus, conforto e esperança....

Ainda estou me acostumando e procurando estrelas em um céu que parece que perdeu um pouco da cintilância, do brilho intenso, das estrelas... a sua estrela... Aquele pontinho brilhante que a gente costumava procurar pra ver qual era mais cintilante, reluzente, mal desconfiava eu que era você.

Você que carregava cores e mais cores, um balde imenso de tintas que dava cor a um caminho de outono e temperatura em meio a um inverno rigoroso.

Deus sabe quanta falta você me faz e quanto sofri. Velei suas noites tranquilas e seu sono calmo de criança que sonha em estar em um parque de diversões correndo pra pegar o balanço que acabou de ser desocupado. E eu não te acordei. Meus lábios sorriram de canto de lábios e meu coração bateu mais forte.

Quanto bem você me fez e quanto bem te quis.

Não importa qual seja seu nome, logo mais anoitece, cai a noitinha e a gente se vê no mesmo lugar pra espiar estrelas, eu prometo. Combinado?

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